Galé
Como sinto a tua falta e do teu efeito apaziguante e terapêutico em mim, cada vez mais volto atrás e penso que se ainda tivesse o luxo de usufruir de ti seria muito mais fácil viver. Vi-te diferente, muito diferente do que eras antigamente, mais cheia menos especial por isso, mas ainda magnífica na tua mística que não se ausenta. Vives em mim e sempre viverás, porque me ajudaste a crescer e em ti passei dos melhores momentos da minha vida e, sobretudo, porque me ensinaste na tua beleza simples e agreste, efémera e ameaçada, princípios de vida que tomo como primordiais. Houvesse mais gente que te pudesse ver, cheirar, tocar e admirar (ou outra parte do todo a que pertences) como eu tive o privilégio de o fazer e talvez o mundo me desiludisse menos, na medida em que me importo, não com as pessoas (cada vez me interessam menos) mas com o que elas fazem para te agredir e a magoar.
Mas não vou falar disso agora, hoje quero celebrar-te (uma parte de ti) e não lamentar o teu disfurtúnio na parte e desaparecimento no todo. Quero dizer-te o quanto te adoro e relembrar todos os cantos e recantos, todas as situações a que assististe. Quando fui ver-te, as lágrimas teimaram em cair...queria tanto ser embalada por ti novamente e ouvir os conselhos do mar que te banha que sempre me guiou tão bem, mesmo por caminhos tortuosos como os que trilhei. As tuas arribas, agora mais recuadas, que tantas vezes subi e que uma vez ía descendo sem escapatória, mas que as tuas areias da decomposição travaram, o teu por-do-sol único por trás dos precipícios distantes da baía gigante assistidos desse miradouro com tantas histórias de amores escondidos para contar. Ainda sinto o cheiro da rezina dos pinheiros e da terra molhada do Inverno e da sensação de estar viva que a cidade não poderá nunca oferecer...quando a alma se sentia doente logo quando ía ao teu encontro a tua essência tratava de a reequilibrar e revigorar. Quantas saudades, quero tanto voltar para ti, mas já não tens muito espaço para mim, abusaram de ti e aos poucos estão a tirar-te o que faz de ti especial. Hei-de ir ao teu encontro novamente, por breves períodos para relembrar-te, e assim pode ser que a ideia que quero manter de ti não se dissipe, pois a tua essência continua lá...
Mas não vou falar disso agora, hoje quero celebrar-te (uma parte de ti) e não lamentar o teu disfurtúnio na parte e desaparecimento no todo. Quero dizer-te o quanto te adoro e relembrar todos os cantos e recantos, todas as situações a que assististe. Quando fui ver-te, as lágrimas teimaram em cair...queria tanto ser embalada por ti novamente e ouvir os conselhos do mar que te banha que sempre me guiou tão bem, mesmo por caminhos tortuosos como os que trilhei. As tuas arribas, agora mais recuadas, que tantas vezes subi e que uma vez ía descendo sem escapatória, mas que as tuas areias da decomposição travaram, o teu por-do-sol único por trás dos precipícios distantes da baía gigante assistidos desse miradouro com tantas histórias de amores escondidos para contar. Ainda sinto o cheiro da rezina dos pinheiros e da terra molhada do Inverno e da sensação de estar viva que a cidade não poderá nunca oferecer...quando a alma se sentia doente logo quando ía ao teu encontro a tua essência tratava de a reequilibrar e revigorar. Quantas saudades, quero tanto voltar para ti, mas já não tens muito espaço para mim, abusaram de ti e aos poucos estão a tirar-te o que faz de ti especial. Hei-de ir ao teu encontro novamente, por breves períodos para relembrar-te, e assim pode ser que a ideia que quero manter de ti não se dissipe, pois a tua essência continua lá...
2 Comments:
As tuas palavras são intensas, bonitas, profundas... adorei o que escreveste, a forma como escreveste e o que me fizeste sentir ao ler...
Obrigada, I'm flattered! Ainda bem que consegui transmitir as sensações para mais alguém!
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