terça-feira, julho 19, 2005

Sente

Abre os olhos e nada vejas
Sente a brisa e esquece o tempo
Deixa os céus se tingirem de negro
e perde-te na sua candura

Sente a terra fria e querida
Despe-te da tua humanidade
e cheira, toca e perde-te
Inebria-te da liberdade ida

Ouve os sons, aguça os sentidos
Mergulha na água pura e fria
Banha-te na prata lunar
E sente-te crescer e arrepiar

Vem cheio de ti até mim
Escondida no belo salgueiro
Chama-me, canta-me, desperta-me
Esta noite serás meu companheiro

Deita-te no manto verde
Deixa-me beijar-te, tocar-te
Tanto tempo na árvore lacrada
Sinto o teu sangue quente percorrer-te

Faz-me tua nesta noite de liberdade anarca
Ama-me até à exaustão, só sentidos
Mostra-me quem tu és, mostra-me a essência
O animal em ti, o momento, agora

Para dentro do salgueiro vou
Um momento e tudo foi
Volta a ti e ao diário pardieiro
Mas deixa o animal em ti sempre sorrateiro

O salgueiro espera....sempre

1 Comments:

Blogger Adsartha said...

Da ideia ou do péssimo que o poema (ahahah) está?

3:57 da tarde  

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